O Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau está produzindo máscaras de proteção para serem utilizadas por profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19. Na segunda-feira, foram doadas 85 máscaras ao presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Blumenau (Sesblu), Ingo Ehler.
Neste primeiro lote, serão contemplados os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dos Centros de Triagem da Prefeitura, instalados na Policlínica Lindolf Bell e na Vila Germânica, da UTI do Hospital Santo Antônio, da UTI do Hospital Santa Isabel e da UTI do Hospital Santa Catarina.
O diretor-geral do Campus Blumenau, professor Aldelir Fernando Luiz, reforça a importância da atuação dos institutos federais em conformidade com os arranjos produtivos locais. “Essa ação é mais um exemplo de que a atuação conjunta do Instituto com entidades parceiras e sociedade civil traz benefícios para o coletivo, ainda mais em momentos tão difíceis, como este que vivenciamos por conta da pandemia”.
As máscaras são no formato face shields, que oferece maior proteção aos profissionais de enfermagem e médicos, principalmente àqueles que atuam nas UTIs. “O objetivo inicial é chegar a 400 máscaras”, adianta o professor Carlos Monteiro. Ele lembra que, como a impressora 3D é lenta, isso impede que a produção ganhe escala. Mas comemora uma redução no tempo de produção: “Já conseguimos reduzir o nosso tempo de produção, levando agora cinco horas para produzir 12 máscaras, e atingindo o número de 40 máscaras por quilo de filamento”.
O processo de produção consiste em imprimir o suporte para a cabeça na impressora 3D e cortar o material plástico que fica na frente do equipamento. O corte das lâminas está sendo feito com tesouras e furador de fichário. À frente de todo este trabalho estão os professores de Controle e Automação, Carlos Monteiro, de Mecânica, Luciano Sena, e, de Elétrica, Alessandro Braatz.
Campanha chamou atenção de organizações da cidade
Assim que o campus soube da possibilidade de produzir as máscaras face shields usando a impressora 3D da instituição, os docentes envolvidos no projeto se depararam com um problema: a falta de matéria-prima.
Uma campanha nas redes sociais oficiais do campus e a parceria de alguns veículos de comunicação da região, solicitando apoio na doação de materiais, chamou a atenção de Eleutério Proesi, da Proesi Componentes Eletrônicos, que doou filamentos, e do próprio Sesblu, que doou 400 lâminas de acetato.
Mas para que o campus siga produzindo as máscaras, é importante que a corrente de solidariedade não se rompa, e que mais instituições contribuam com insumos (folhas cristalinas de acetato, com espessura de 0.5 mm, e filamentos PLA de 1,75mm). Os interessados podem entrar em contato por meio dos canais oficiais do Campus Blumenau, através do e-mail cecom.blumenau.antigo.ifc.edu.br, ou inbox, nas redes sociais oficiais Facebook e Instagram.
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Texto: Gisele Silveira/Jornalista | Cecom/Campus Blumenau
Fotos: Aldelir Luiz