Eles não têm nenhuma deficiência, mas era possível vê-los na cadeira de rodas ou com bengalas e olhos vendados nos corredores do campus Blumenau, durante a III Mostra de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cidadania (Mepec). Isso porque a ação intitulada “O Caminho de Experimentação” permitiu aos visitantes vivenciarem a locomoção a partir da experiência de uma pessoa com deficiência.
A ação é uma parceria que se firmou entre a disciplina de Língua Portuguesa e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), há alguns meses, quando ao abordar os estudos sobre gêneros discursivos com os alunos dos segundos anos do ensino médio, a professora de Língua Portuguesa e Inglesa Alana Gerlach decidiu associar o conteúdo à inclusão de pessoas com deficiência.
Como os gêneros discursivos estudados seriam a Publicidade e a Propaganda, Alana propôs aos alunos a produção de uma campanha de conscientização em prol das pessoas com deficiência. A ação se intensificou e teve continuidade na Mepec. Para o coordenador do Napne no campus, Fernando Bachmann, “trazer o jovem para as realidades do mundo das pessoas com deficiência, é investir em uma sociedade melhor e mais inclusiva”.
O aluno Matheus Lucio Jabonski Camini conta que a experiência de posicionar no lugar do outro trouxe um sentimento de empatia. “O ponto principal da ação foi perceber como é difícil a locomoção para quem tem alguma deficiência. Por isso, já anotamos os principais impedimentos para uma locomoção adequada no campus e repassamos ao Napne”, relatou.
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Texto/fotos: Gisele Silveira/Jornalista Cecom Campus Blumenau