No dia 17 de maio, Dia Internacional contra a LGBTfobia, estudantes do IFC Blumenau se reuniram na área externa do campus munidos com uma bandeira com as cores do arco-íris para tirar fotos. A ação foi um convite do Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (Neges) e do Grêmio Estudantil. Segundo o Neges do campus, pequenas ações como esta dão visibilidade ao movimento e ampliam a conscientização das pessoas em relação às violências que a população LGBTQIAPN+ sofre diariamente.
A data é marcada em todo o mundo por diversas ações de combate ao preconceito e discriminação contra pessoas LGBTQIAPN+, a fim de conscientizar sobre o respeito às diferentes orientações sexuais e identidades de gênero. Foi neste dia, em 1990, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
Para a acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia, Cíntia Gaia, o combate à LGBTfobia é uma luta urgente e inadiável. “É imperativo promover uma educação que enfrente de forma incisiva e corajosa esse problema, visando à construção de uma sociedade justa, inclusiva e que respeite a todes”.
O Neges planeja e executa ao longo do ano diversas ações para garantir o respeito e a igualdade no âmbito escolar, realizando reuniões abertas, promovendo formações, produzindo materiais orientativos relativos ao direito ao uso do nome social e ao uso de espaços segregados por gênero, como os banheiros. “O núcleo segue vigilante para o enfrentamento às situações de preconceito e discriminação que venham a acontecer no âmbito escolar, no acolhimento e orientação aos estudantes e servidores, assim como para fazer os encaminhamentos que se fizerem necessários”, garante o grupo à frente do núcleo no campus.
No Brasil, a LGBTfobia é considerada crime equiparado ao racismo, sendo inafiançável e imprescritível. No IFC, caso o estudante ou servidor presencie algum ato violento, constrangedor ou preconceituoso de LGBTfobia, deve entrar em contato com a Ouvidoria da instituição ou com o Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (Neges) do campus. Não é necessário se identificar para fazer a denúncia na ouvidoria e, caso deseje, é possível protocolar a denúncia no Neges local, para o núcleo acompanhar e assessorar o caso.
Sobre o Neges
O Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (Neges) é voltado para o fomento a estudos das questões relativas à temática de gênero, identidade de gênero e sexualidades no âmbito do Instituto Federal Catarinense e em suas relações com a comunidade externa e desenvolvimento de ações que promovam o combate ao preconceito.
Confira os registros que marcaram o dia:
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Texto: Gisele Silveira/Jornalista Cecom Campus Blumenau
Fotos: Neges Blumenau