De “A Ilha Perdida“ ao ”O Escaravelho do Diabo”, os romances que despertaram o interesse pela leitura em crianças e adolescentes de todo o Brasil nas décadas de 1970, 1980 e 1990 estão expostos na Biblioteca do IFC Campus Blumenau, em comemoração aos 50 anos da coleção Vaga-lume.
A coleção é composta por 93 livros, 71 deles fazem parte da série Vaga-lume, e outros 22 são da Vaga-lume Júnior. Escrita por autores conhecidos de outros gêneros, a série se tornou material de apoio paradidático de escolas do país, e chegou a ter obras sendo adaptadas para filmes.
Ao visitar a mostra, os estudantes se deparam ainda com textos escritos a mão por servidores que tiveram contato com os livros na sua adolescência, vivenciados na escola. “Eles nos contam a próprio punho como foi essa experiência enriquecedora”, conta a idealizadora da ação, a pedagoga Lilian Cristina de Souza.
A mostra tem como suporte os expositores construídos por alunos das turmas 201 e 202, do curso técnico de eletromecânica integrado ao ensino médio, na disciplina de Processos de Fabricação, lecionada pelo professor Ricardo Toledo Bergamo. O objetivo foi aprofundar técnicas de soldagem MIG/MAG, de maneira mais comum e intuitiva primeiramente, levando-os a perceber as inúmeras possibilidades de construções e suas funcionalidades.
Sobre a coleção
Voltada ao público infantojuvenil, a Coleção Vaga-lume foi lançada pela Editora Ática em 1970. Para crianças e adolescentes daquela época, esses livros foram a porta de entrada para o universo da leitura.
Estima-se que foram vendidos cerca de 2,2 milhões de exemplares. O sucesso da coleção se deu por uma série de fatores, sendo o principal deles o baixo preço dos livros, uma vez que as altas tiragens permitiam preços muito baixos, o que facilitava a adoção de obras por escolas. Outro fator determinante para a aceitação em sala de aula eram os encartes, chamados Suplementos de Trabalho, que traziam atividades didáticas ligadas ao livro.
Soma-se a isso a reforma educacional de 1971, quando o ensino obrigatório se estendeu até a oitava série, e, ainda, a inclusão de uma cláusula na Lei de Diretrizes e Bases, que recomendava a preferência pela adoção de obras nacionais.
Aprecie a exposição em nossa Biblioteca!
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Texto: Gisele Silveira/Jornalista Cecom Campus Blumenau
Fotos: Lilian Cristina de Souza