As tradicionais salas de aula com carteiras e cadeiras deram espaço para banners, protótipos e exposições artísticas. À frente desses trabalhos, alunos do ensino médio técnico à pós-graduação apresentavam seus projetos. No hall, música, dança, teatro e poesia davam o tom do talento artístico presente na instituição. A 9ª Mostra de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cidadania (Mepec) e a 4ª Feira de Arte e Cultura do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau movimentaram a instituição nos três dias de evento, de 11 a 13 de setembro.
O evento contou com duas aberturas: uma na noite de quinta-feira, voltada aos cursos do noturno, e outra na manhã de quinta-feira, voltada aos estudantes de Ensino Médio técnico. Na noite de abertura, a mesa de honra contou com a coordenadora de Pesquisa, Cássia Aline Schuck, a coordenadora de Extensão, Joana Fontanela, a presidente da Feira de Arte e Cultura, Claudia Zimmer, o diretor-geral, Aldelir Fernando Luiz, o Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão, Jorge Dutra, e o Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão, Pós-graduação e Inovação do IFC, Cleder Alexandre Somensi.
“É muito bom ver ciência e tecnologia sendo pensadas e produzidas por meio da pesquisa e da extensão desde o ensino médio. Essa é uma característica da rede federal, proporcionar integração curricular, formação por inteiro, formação cidadã. Então aproveitem isso com intensidade”, discursou o professor Cleder.
Após os discursos, os convidados acompanharam a palestra Trajetórias Acadêmicas: vivências do presente e do futuro, ministrada pelo professor do IFC Fernando Taques. Na sequência, ocorreu o painel de egressos, com ex-alunos contando sobre suas trajetórias.
Na manhã de sexta-feira, a abertura dos eventos contou com o Reitor do IFC, Rudinei Kock Exterckoter, que parabenizou a organização do evento, citou a importância da pesquisa e extensão na formação dos estudantes e adiantou que, na próxima vez que fizer uma fala institucional, ela já será no tão sonhado auditório do Campus Blumenau, que está em construção.
O campus abriu suas portas à comunidade externa, e contou com visitas de escolas da região, que tiveram oportunidade de explorar os espaços e visitar laboratórios. Ainda na sexta-feira, os visitantes puderam acompanhar a palestra com o tema Água, ministrada pelo operador Paulo Costa Neto, do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), de Blumenau. Ainda na sexta-feira, foi possível conferir a 3ª Mostra de Produtos do Mestrado ProfETP, com projetos desenvolvidos pelos mestrandos.
No sábado pela manhã, a Mepec trouxe oficinas de Tangram, de GeoGebra: uso e aplicações em Matemática, de Introdução ao LaTeX com o Overleaf e de Gravura em Isopor com Referência à Xilogravura do Cordel. A manhã ainda contou com apresentações de pôsteres e participação de familiares no evento. Os visitantes ainda puderam acompanhar um bate-papo com núcleos inclusivos do campus: Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (Neges), Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e Atendimento Educacional Especializado (AEE).
O evento encerrou no sábado, com a Feira de Arte e Cultura trazendo na programação um show de chorinho, com o Trio Cocada. O trio é formado pelos estudantes de música da Unespar: Catarina Liesenberg, egressa do IFC Blumenau, Marcos Zimmer e Maurílio Oliveira. Enquanto o grupo se apresentava, uma artista pintava em grafite uma parede do hall, dando um colorido ao espaço.
Para o diretor-geral, Aldelir Fernando Luiz, foi uma edição repleta de novidades, com programação diversificada com palestras, oficinas, apresentações culturais e de trabalhos científicos, de ensino e de extensão. “Um marco histórico desta edição foi o número de trabalho submetidos nas modalidades, um número bastante expressivo e que demonstra o valor da comunidade para com o evento”.
Mepec é Cidadania
Como traz no próprio nome, Mepec representa também cidadania. E antes mesmo de o evento começar, durante à tarde de quinta-feira, estudantes passaram por formação sobre o patrimônio público. Como a organização dos espaços para o evento requer alteração de layout, movimentação de carteiras e de móveis, os estudantes foram instruídos para cumprir essa tarefa com zelo, visando o cuidado do bem público. À frente dessa ação estavam a professora Rita de Cássia e a técnica Suely Montibeller.
Projetos relevantes e seleção para Micti
Todo ano, estudantes do médio ao superior surpreendem com a força científica e de relevância social de seus trabalhos. Este ano não foi diferente.
Um dos projetos que chamou atenção foi o de pesquisa, intitulado “Melhorias das técnicas na robótica que venham auxiliar as pessoas portadoras de doença de Parkinson”; que propõe o desenvolvimento de uma colher estabilizadora com sistema de monitoramento integrado como solução para auxiliar pessoas com tremores motores, como àquelas com a Doença de Parkinson. A proposta se destaca por aliar baixo custo, tecnologia e impacto social.
Uma das integrantes do projeto, a aluna do curso técnico em Mecatrônica integrado ao Ensino Médio, Cristina Serafin, conta que o projeto já recebeu menção honrosa por se destacar na etapa estadual da Mostra Regional de Robótica no Rio Grande do Sul, além de ser selecionado para a etapa nacional em Vitória, no Espírito Santo.
Esse e outros projetos podem ser indicados para o maior evento sobre Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do Instituto Federal Catarinense: a Micti. Dentre os trabalhos apresentados na Mepec, vinculados às atividades de Ensino, Pesquisa e/ou Extensão, serão selecionados trabalhos de cada vínculo para indicação à XVIII Micti, prevista para ocorrer em novembro, neste ano, no campus de São Francisco do Sul.
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Texto e fotos: Gisele Silveira/Jornalista Cecom Campus Blumenau